quinta-feira, 24 de março de 2011

O que queremos ver no outro


Reza a lenda que o grande artista florentino Michelangelo, ao olhar para um bloco de mármore conseguia ver sua obra acabada, então, ele apenas esculpia para que as outras pessoas conseguissem ver o que ele visualizava.
Não raramente somos assim nos relacionamentos, pois conhecemos pessoas e as visualizamos de uma maneira e tentamos de tudo para “lapidá-la” de acordo com nossas conveniências. A isso chamamos “Efeito Michelangelo”. Este fenômeno tem sido o grande motivo para separações e sofrimentos, considerando que um ou outro está sempre tentando mudar a pessoa com a qual se relaciona. Agora acredite: ninguém muda. Ninguém mesmo! O que ocorre, e deve ocorrer, são adaptações para que possam viver juntos. Mas essas adaptações não podem atingir a essência da pessoa. Caso isso ocorra não haverá adaptação e, essas “mudanças” serão temporárias enquanto tudo estiver bem, assim que os problemas aparecerem a essência de cada um “aflora” e os problemas aparecem. Portanto, se você esta iniciando, ou vivendo um relacionamento com uma pessoa que tem muitas coisas diferentes de você, analise se você consegue viver com ela, apesar dessas diferenças, pois tenha certeza ou, não exija que esta pessoa mude, assim como você não vai mudar para satisfazê-la. O maior problema de relacionamentos hoje é a intolerância para aquilo que as pessoas são. Sempre queremos que todos sejam como nós visualizamos e não como elas são. Se você se interessou por alguém procure conhecer a pessoa para depois fazer suas expectativas e, se esta apresentar algo que é intolerável para você, desista. No entanto, a maior parte dos problemas que vemos é insignificante diante das qualidades que as pessoas têm. Por isso, veja se você consegue conviver com a pessoa escolhida, não obstante aos problemas dela, segundo tua visão. Se assim o fizer, ela tornar-se á sua “obra prima”, não por que ela mudou, mas porque você mudou a forma de vê-la. NELSON DE MELLO  

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