
Alguns acontecimentos dos últimos dias nos fazem ter um sentimento de justiça, ou na verdade mais que isso, um sentimento de vingança, pois gostaríamos de dar ao acusado o mesmo que ele supostamente, ou realmente, causou a sua vítima. Está é a justiça humana desde o alvorecer da história, sempre queremos que os outros sejam pagos na mesma moeda, principalmente quando somos vítimas. Ou seja, é “olho por olho dente por dente”. Já falou Ghandi: “se todos ficarmos no olho por olho e dente por dente a humanidade acabará cega e banguela”. Mas então, eu estou dizendo que não devemos fazer justiça? Não. Acho que a sensação de justiça é que faz sermos tolerantes na sociedade ao saber que se praticarmos algo errado pagaremos por isso. Mas o que é melhor que a justiça: a vingança? Não, absolutamente! O que é mais importante que a justiça é o perdão. Isso porque o perdão liberta tanto a vítima quanto o algoz. Por que a vitima precisa ser libertada? Pelo rancor que guarda, pois muitas vezes ficamos remoendo formas de nos vingarmos de nossos agressores de maneira cabal, e isso nos corrói e nos amarga. Quando atingimos a plenitude da grandeza e conseguimos perdoar tornamo-nos pessoas plenas sem rancores e livres das mazelas de sentimentos negativos. Perdoar significa esquecer, limpar redimir e se redimir. Quando perdoamos estamos deixando o mal que o problema nos causou, não obstante, se o mal foi social o acusado deverá pagar socialmente o que fez, mas o fará com o coração aberto e a cabeça leve, isso é a justiça. Portanto, a capacidade de perdoar não á para qualquer um, mas todos precisam praticar para conseguir chegar a plenitude e a altivez do perdão. A melhor forma de sabermos se conseguiremos tal atitude é começando. Talvez seja a hora de você pensar em perdoar algumas pessoas, principalmente você mesmo, só que isto é uma outra história. Então tente perdoar, se você não se sentir melhor que antes, precisa aprender muito para poder viver feliz. Então muitas vezes o perdão é mais importante que a justiça. Boa sorte! NELSON DE MELLO
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